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domingo, 19 de agosto de 2012

"Padre Firmo Pinto Duarte Filho,um Homem de Fé"

No estádio Verdão, no dia 08 de março de 2005, último dia de carnaval, aconteceu a Culminância do VINDE E VEDE. As arquibancadas estavam lotadas de fiéis em estado de alegria e festa para louvar ao Senhor e à Virgem Maria. Uma alegria espiritual contaminou a todos neste dia, Pe. Firmo, fundador e promotor desse retiro em tempo de carnaval, estava muito alegre e de coração aberto ante o fervor do povo ali presente.
  Apesar de combalido pelo trabalho dos dias anteriores e por seu processo de enfraquecimento fisico, entregou-se ao entusiasmo contagiante e trabalhou o dia todo. Pregou, animou os fiéis, exortou, entusiasmou a todos e por horas e horas atendeu muitas confissões. Por fim, tendo nas mãos o quadro de Nossa Senhora Auxiliadora, bento por D. Bosco, desfilou ao redor do campo promovendo, de coração alegre, a confiança nas bênçãos e proteção de Nossa Senhora Auxiliadora. Era o filho exultando de alegria por ver a Mãe Auxiliadora acolhida e reverenciada por todos. Não poderia haver alegria maior para um coração salesiano tão sensível, tão filial! Pe. Firmo estava exultante e muito realizado, uma alegria intensa e serena tomou conta de seu semblante e ele encerrou o dia em estado de beatitude.

Porém, seu organismo fisico não mais suportou tamanha intensidade de vida e nessa noite encerrou com brilhantismo e profundidade de vida a sua história aqui, em Cuiabá, para ser acolhido no céu, onde Maria Auxiliadora com todos os salesianos falecidos o estavam esperando. Cumpriram-se para ele os dizeres de sua mãe, D. Maria Dimpina transcritos por ele em seu discurso de posse na Academia Mato-Grossense de Letras - “Sorridente e tranqüila parece dizer-me: ‘Meu filho, é linda esta noite da sua imortalidade acadêmica; muito mais sublime, porém, será a entrada triunfante na glória do Pai.” E foi na noite de oito para nove de março que se realizou a profecia de sua mãe, a sua entrada gloriosa na casa do Pai!

Na manhã do dia 09 de março, Pe. Firmo Duarte Pinto foi encontrado morto em sua cama. Desta vez, seu coração fragilizado por outros ataques já sofridos não resistiu e ele nem sequer pôde ser levado ao hospital, como ocorrera das outras vezes.

Assim, na primeira página, o jornal CORREIO DO ESTADO noticiou a sua morte e sepultamento: “ADEUS AO PE. FIRMO”

Tristeza e muita emoção na despedida do Pe. Firmo Pinto Duarte Filho, durante a missa celebrada ontem na capital. O sacerdote faleceu na madrugada de quarta-feira, aos 77 anos, de insuficiência cardiorrespiratória. Foram celebradas duas missas em intenção de sua alma: a primeira às 14 horas, na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora, e a segunda às 19 horas, no ginásio do Colégio São Gonçalo. O sepultamento do Pe. Firmo será hoje, às 17 horas, no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, seguindo indicação em vida.” (C. do Estado, lO/04/2005, primeira página).

Sob o contraditório sentimento de pesar, tristeza pela perda do nosso irmão Pe. Firmo e alegria salesiana por ter um grande protetor no céu, a Inspetoria acompanhou os ultimos momentos do Pe. Firmo que tanto entusiasmo nos proporcionara em vida. Sem dúvida, sua ausência vai ser muito sentida e sua pessoa será engrandecida por tantos e tantos fiéis que se sentiram abençoados por Deus ou obtiveram graças especiais por meio de sua intercessão, por meio de sua oração à sua carinhosa mãe Nossa Senhora Auxiliadora. Tornou-se um grande apóstolo e divulgador da devoção a Nossa Senhora Auxiliadora na trilha de nosso fundador D. Bosco: “Confiai em Maria e vereis os milagres!” Assim foi nosso irmão Pe. Firmo. E assim será visto e lembrado em toda a região do Estado de Mato Grosso, principalmente, na história da Inspetoria. Pe.Firmo popularizou a maneira salesiana de se dirigir a Nossa Senhora Auxiliadora, sempre com muita confiança e perseverança.

1 - TRAÇOS BIOGRÁFICOS NA FAMÍLIA E NA CONGREGAÇÃO

Filho caçula do casal Firmo Duarte Pinto (telegrafista) e de Maria Dimpina Lobo Duarte (professora) nasceu na cidade de Cáceres ¬MT, aos 16 de janeiro de 1928. Aos três meses de idade seus pais mudaram-se para a capital do estado, Cuiabá, onde foi batizado em 03/08/1929 e crismado no dia 13/04/1936. Passou, enquanto morou em Cuiabá, sua infância e adolescência na região do Campo de Ourique, hoje local do Centro Geodésico da America do Sul. No período de 1930 a 1933, teve que acompanhar a familia quando o pai foi transferido devido ao exercício de sua profissão, para a região dos Tachos/Meruri. Foi ai, em território indigena, que teve o primeiro contato com os missionários salesianos que residiam nos Tachos e depois em Meruri.

Antes de retornar para Cuiabá, esteve também em Guiratinga, então Lajeado, região diamantífera. Em Cuiabá, fez o curso primário no Asilo Santa Rita e o Ginásio no Liceu S. Gonçalo.
Foi aspirante no Seminário Nossa Senhora da Conceição desde 19/07/1944. Encerrando o Ginásio, foi para o noviciado em Campo Grande, Instituto S.Vicente - Lagoa da Cruz no final de janeiro de 1945. No dia 31 de janeiro de 1946, na Chácara S. Vicente, fez a primeira profissão religiosa na Congregação Salesiana, Sociedade de S. Francisco de Sales. Depois foi para Lorena, onde terminou o colegial e cursou filosofia. Em 1947 terminou os estudos de Filosofia e, no ano seguinte, iniciou seu período de Assistência. 

Em 1948-1949 foi assistente em Campo Grande, no Colégio D. Bosco; em 1950, foi assistente no Colégio Santa Teresa de Corumbá e encerrou seu tempo de assistência no colégio de Guiratinga, em 1951. Durante esse período, além de cuidar dos internos, sempre lecionou Língua Portuguesa.
Em 1952 inicia seus estudos de Teologia no Instituto Teológico da Lapa (SP). Ao final dos quatro anos de estudos teológicos, foi ordenado sacerdote por seu padrinho de batismo, o arcebispo D.Francisco de Aquino Corrêa, no dia 8 de dezembro de 1955, na Catedral da Sé Metropolitana de Cuiabá.

Depois de sacerdote inicia um período de nove anos de trabalho em colégios, sempre na função de “Conselheiro Escolar”. Os inspetores de então sempre acreditaram em seus dons e potencialidades para, naquele tempo, ser um grande organizador, disciplinador e entusiasta por festas escolares, misteres em que a honra do colégio sempre deveria ser defendida acima de qualquer suspeita. Nessa função, passou pelos colégios de Araçatuba, Lins, Lucélia e Campo Grande, nesse último permaneceu a maior parte desses nove anos e então se tornou uma referência perante os alunos e a população.

 De modo especial, ele mesmo alimentava as competições entre as escolas quanto ao brilhantismo de um desfile ou a justeza de uma fanfarra bem ensaiada. Conseguia entusiasmar os alunos a ponto de não temerem entreveros e brigas entre colégios para defender a honra do seu Colégio D. Bosco. Nesse periodo uma outra questão de honra perante os alunos e perante os jogadores de futebol da cidade era a fama de seu clube de estimação no futebol carioca, o Flamengo. Tanto assim que institucionalizou o seu time de alunos adolescentes, “o Flamenguinho”, como símbolo e questão de honra no futebol. Levava esse time para competições nas cidades do Estado e nunca aceitou uma derrota.

 Mudava de perfil quando perdia no futebol. Mas é bom afirmar que essa maneira de ser tinha um poder muito grande perante os alunos, tornava-se um educador estimado e apreciado por sua dedicação e por sua presença entre os jovens. Como bom salesiano sempre preparava todas as festas com celebrações e teatros. Foi exímio na arte de bem preparar as peças teatrais ou operetas nas festas mais solenes.

 Dessa forma, foi exemplar salesiano educador da maneira que o tempo e a epoca exigiram e possibilitaram. 

Por onde passou deixou uma multidão de amigos e admiradores.

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